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domingo, dezembro 14, 2003

A Propósito da captura de Saddam Hussein 

Um dos cuidados a ter após a captura de Saddam Hussein deve ser a preservação da face dos muçulmanos, em geral, e dos iraquianos, em particular. Bem ou mal, Saddam Hussein simboliza uns e outros, tal como o presidente em relação aos portugueses - quando se exibe o Saddam Hussein estão, também, a exibir os muçulmanos e os irquianos.

As primeiras imagens de Saddam após a sua captura não vão no sentido de preservação da face. Poderá, a curto prazo, levar à diminuição da moral das forças que combatem os invasores do Iraque. A médio e longo prazo, o tiro deverá sair pela culatra.

Ivo Dias de Sousa

quinta-feira, dezembro 11, 2003

Evolução Demográfica em Portugal de acordo com previsão da ONU 

Um relatório recente da ONU prevê que a população em Portugal decresça para 10.082 milhões em 2010, 9,027 milhões em 2050 e 7,335 milhões em 2100 – em 2000 a população era da 10,160 milhões. É um cenário negro que não vem mais do que ser um novo alerta para a evolução demográfica em Portugal. Por um lado, vivemos mais em média, o que é bom. Por outro lado, temos cada vez menos filhos, o que é mau em termos económicos e culturais. Um dos problemas mais visíveis desta situação é segurança social que tende a ser, mais e mais deficitária.

As vias para resolver esta questão são duas: incentivar a natalidade em Portugal e receber imigrantes. Quanto à primeira via acho que é bom a tomada de medidas para aumentar a natalidade, mas não tenho opinião de quais são as adequadas.

Quanto à segunda, parece-me ser inevitável em complemento da primeira. Receber imigrantes é sempre uma fonte de problemas, mas é um “jogo” que temos de jogar – as vantagens são superiores à desvantagens. Como? Primeiro, recebendo continuamente imigrantes no próximo século. Isto para que não seja necessário, de repente, admitir uma grande quantidade de imigrantes, o que iria tornar a sua adaptação à sociedade portuguesa mais difícil. Segundo, privilegiar o Brasil e os países da europa de leste neste processo.

Porquê o Brasil? Os brasileiros falam português e é um país para o qual houve uma emigração massiça nacional para lá (é um pouco o regresso a “casa”).

Já em relação aos imigrantes dos países da europa de leste a razão é mais prosaica. Os imigrantes de leste parecem ter uma instrução superior à média nacional, o que é positivo para a economia nacional – ter, por exemplo, pedreiros com licenciaturas em engenharia civil é, claramente, uma vantagem.

Ivo Dias de Sousa

terça-feira, dezembro 09, 2003

3301 assinaturas 

A petição conta no momento 3301 assinaturas. O número cresce mas devagar.

quinta-feira, dezembro 04, 2003

Capacidade do Galileu posta em causa 

Uma interessante notícia no slashdot.com sobre o Galileu. A notícia sustenta que o EUA querem poder interferir no seu funcionamento um pouco à descrição.

“A Ratoeira” de Eduardo Prado Coelho (3/12/2003) 

Comentário à crónica “A Ratoeira” de Eduardo Prado Coelho no Público (3/12/2003)

Li com bastante interesse a crónica “A ratoeira” (3/12/2003) de Eduardo Prado Coelho (EPC) sobre a União Europeia, em geral, e o pacto de estabilidade, em particular. Concordo fundamentalmente com a opinião de EPC, nomeadamente, quando diz que os “ “grandes” estabeleceram regras que não cumprem, e depois ironizam sobre o destino dos “pequenos” que fizeram das tripas coração para cumprir”.

Porém, penso que EPC não tira todas as ilações devidas da actual situação. Primeiro, em questões europeias uma parte importante dos intervenientes não são pessoas de bem nem vão ser nos próximos anos. Isto significa que o que dizem não se escreve. Basta lembrar no caso do pacto de estabilidade que foram a Alemanha e a França que o impuseram. Segundo, independemente da posição política de cada um de nós, é condição necessária (embora não suficiente) para estabelecer pactos de estabilidade ou constituições europeias que as diversas partes envolvidas sejam pessoas de bem – sem isso, o desastre é muito provável.

Convém não termos ilusões que na União Europeia existem uns “animais” mais iguais que os outros. Pensar de outra forma é lançar areia para os nossos olhos.

Ivo Dias de Sousa

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